Tuesday, April 6, 2010

A província passa bem (e o PT também?)

Primeiramente, quero dizer que esse rudimentar escrito não é uma provocação a nenhum ex-provinciano que agora arrota ares cosmopolitas por ter feito pós-graduação na PUC ou por residir no litoral, que no final do positivista século XIX era tido como centro civilizado por estar mais próximo da Europa do que o longínquo sertão - este, um lugar de bárbaros por ser locus de crendices absurdas em pleno limiar do redentor século XX.

Também quero dizer aos cangaceiros de plantão de governos petistas que, apesar de não ser simpatizante da sigla PT, também não sou um oposicionista sistemático que usa esta blogosfera como trincheira do "partido da imprensa golpista" e blablablá. Ora, não superestimem minha frágil e despretensiosa pena de escriba provinciano...

Quero tão somente cantar loas, puras e sinceras loas ao meu arrabalde querido, pequeno, porém belo arraial, onde cresci, amei, sonhei e vivi e continuo amando, sonhando e vivendo.

Final da tarde. O sol, com auréolas resplandecentes e douradas, se punha por trás da Chapada do Araripe, majestoso monumento e dádiva divina. Aproveitei o tranquilo crepúsculo que banhava com luz mágica a cena citadina e fui dar uma caminhada. Desci beirando o canal, que apesar de fétido, encontra-se agora maquiado com belas palmeiras imperiais. Cheguei à Praça Alexandre Arrais, antigo Parque Municipal, espécie de recanto sentimental da minha acanhada biografia. Após rodopiar cinco vezes o logradouro, caminhei em busca da Rua Miguel Limaverde com intuito de alugar um filme na locadora mais próxima e diversificada. O único critério que tinha era que o filme trouxesse aquelas imagens sedutoras dos centros mais civilizados, de preferência um filme “roliúdiano”. Sem opção de acesso, passei em frente à suntuosa Catedral de Nossa Senhora da Penha, ali na belíssima e frondosa Praça da Sé, onde persignei-me em respeito a este indelével baluarte da civilização cristã. Yes, nós temos banana!

Eram cinco horas da tarde e a o canto afinado das “beatas & carolas” anunciava a santa missa que se iniciava.

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