Felizmente, era um sonho. Talvez, um pesadelo leve. Mas, algo de real permanece no ar. Parece que diviso os miles christi dos pagãos e ímpios em pleno medievo desses dias tão turbulentos e atuais.
Por exemplo, hoje, na praça onde faço o “religioso” cooper de fim de tarde. Tardei por conta da sonolência que se apoderou de mim e trouxe o sonho sinopticamente descrito acima. Enquanto um “pastor católico exorcizava” a multidão que lotava a Quadra Bicentenário, eu corria e pensava como estava gradativamente me autodefenestrando de ambientes que, ao meu cada vez mais sensível olfato, ardiam no fogo e no enxofre.
Enquanto corria e pensava, esbarrava em protótipos estranhos, seres disformes com bonés postos ao contrário, piercing nas orelhas, narizes, sobrancelhas, bocas e umbigos; escárnios e gritos. Em suma, mera “acanalhação”.
Eu, simples católico e provinciano, escandalizado e totalmente acuado, apressei o passo para completar, pleiteando um recorde para-olímpico, minhas programadas dez voltas em torno da praça.
Consegui, mas não esperei o pódio.
Apressei mais ainda o passo rumo à tranquilidade do lar, onde sou rei e tenho rainha, princesas e príncipe.
Apressei mais ainda o passo rumo à tranquilidade do lar, onde sou rei e tenho rainha, princesas e príncipe.
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